terça-feira, março 20, 2007

Porquê? Porquê? Porquê?

Quanto tempo mais iremos viver na escravidão da infantil ideia do bem e do mal? De católicos e muçulmanos, de negros e brancos, de homens e mulheres, de amores e ódios, de primeiros-mundistas e terceiros-mundistas (onde andam os segundo-mundistas, existem?), de deuses e diabos, de fitness e feijoada, de benfiquistas e sportinguistas, de esquerdistas e conservadores, de cães e gatos? Será tão difícil e tão improvável alguém pensar que as diferenças apenas residem naquilo que gostamos e naquilo que não gostamos? Será tão difícil e tão improvável alguém pensar que as coisas, os animais e as pessoas apenas são aquilo que são, sem que o bem e o mal tenham alguma coisa a haver com isso? Quer nos seja conveniente ou não? Porque é que até nós próprios temos a necessidade de nos qualificar como boa ou má pessoa? E muitas vezes anulamos a nossa própria essência, e tentamos parecer-nos a um qualquer modelo que esperam que sejamos? Porque temos tanta necessidade que os outros gostem de nós? Porque não gostamos de nós próprios o suficiente? Ou porque esse amor-próprio só tem validade quando corroborado por terceiros? Porquê tanta ansiedade e tanto medo, se no fim todos vamos morrer? Porque as pessoas estão sempre mais preocupados em ter e parecer, do que ser? Porque é que temos que ter sempre respostas para tudo? Porque é que eu faço tantas perguntas? Será que com esta idade ainda não saí da idade dos porquês? Ou é porque estou com insónias?


Se penso, logo existo, o melhor é deixar de pensar tanto, para ver se em vez de só existir, começo a viver! E que o Descartes vá levar na bilha!

1 comentário:

Eduardo Ramos de Morais disse...

E sabes tu meu filho porque não sai a emissão de um selo com a efígie do Sócrates ????







O pessoal ia pôr cuspo do lado que não tem cola, os selos não ficavam no emnvelope e ....