sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Orgulho & Vergonha

A situação que me põe sendo de uma nacionalidade, pode ter muito a ver comigo ou não. Conheço pessoas que têm nacionalidade portuguesa, e além de nunca terem pisado Portugal, não fazem a mínima ideia do que lá se passa. No meu caso é diferente, depois de quase uma vida inteira a viver no nosso quintal (como eu gosto de lhe chamar), quer eu queira ou não, sou mesmo português. E isso revela-se quando estupidamente me emociono por uma vitória da nossa seleção, numa atitude extremamente piegas, mas também com o desprezo que tenho em geral pelas instituições portuguesas (salvo honrosas excepções), que no meu entender prestam um fraco, ou mesmo péssimo serviço aos cidadãos e ao país.

Veio ao meu conhecimento o caso do sgtº Luís Matos Gomes, e do caso de tribunal de que, segundo o que me parece, foi vítima! Depois de me tentar enteirar do que se passou, não posso deixar de sentir um orgulho grande de ser da mesma nacionalidade que esse homem, e uma profunda vergonha de pertencer ao mesmo país do tribunal que o condenou, nomeadamente da juíza Fernanda Ventura. E assim somos, como dizia o Agostinho da Silva, um povo contraditório. E é assim que querem que as instituições ganhem o respeito e a confiança dos cidadãos? Acho que deveriam rebaptizar o Ministério, para Ministério da Injustiça, e falar da Injustiça Portuguesa, e dos seus pomposos, ineficazes e facciosos juízes. Por mais lei que a lei seja, se não contempla a humanidade, não serve nenhum povo, nem nenhum país.Tenho dito!

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Eleições???

Pelo menos desta vez, os partidários do sim não pensaram que era favas contadas, e não foram para a praia, como da última vez. No entanto, foi coincidência, ou uma casualidade cósmica, que os partidários de ambas as bandas, são menos de metade da população votante? E ó senhores partidários do não, por favor vejam lá se pelo menos têm a decência de apresentar novos argumentos!!! É que esses já cheiram muito a bafio! Ah, e só mais uma coisa, não é para vos cortar o argumento, mas parece-me que aquilo que se votou não foi se estavam de acordo ou não com o aborto, mas sim a possibilidade e o direito de alguém o fazer ou não, conseguem ver a diferença? Ou quando for o referendo da eutanásia, também vão dizer que se ganhar o "sim", o pessoal vai destatar a suicidar-se? Não, é só para saber, só estou a perguntar!!!