Pertencendo a uma geração que viveu debaixo da constante ameaça de guerra nuclear, e de outros "papões", comecei desde há muito tempo, e de forma crescente a ter o "atrevimento" de pôr uma série de dogmas em causa. O que me vem trazendo, direta ou indiretamente, pessoal ou impessoalmente, alguns amargos de boca. Uma das coisas que pus em causa foi se essa ameaça realmente existiu, ou foi só uma maneira dos dois blocos manterem as respectivas populações controladas pelo medo, coisa que aliás a igreja católica tem sido pródiga nos últimos dois milénios. Este filme que abaixo partilho, fala de algumas coisas que já aqui foram faladas ao longo dos anos, de outra forma, talvez. Apenas lhe encontro o defeito de passar de um tema para outro sem um aparente fio condutor, mas de facto ele está lá! Têm é que olhar com bastante atenção, ou ter uma aproximação adequada, e essa é para mim, a única falha do filme. Apenas me sinto inclinado a recomendar a quem se disponha a ver o filme (são duas horas, e eu vi tudo), de prestar muita atenção nas palavras ditas no início, e mantê-las em mente durante o resto do filme. São da mais extrema importância, e talvez o mais importante que se diz no filme inteiro. Bom visionamento, e bom pensamento, sobretudo o pensamento, de quem se diz não haver machado que corte a raiz.
Quanto aos meus amargos de boca, não têm importância absolutamente nenhuma, pois são apenas uma consequência de estar vivo, e de me cumprir a mim próprio. Afinal é comigo que tenho que viver o resto da vida, né?
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