quarta-feira, fevereiro 01, 2006

A Burra a Dar Música!!

Através do blog do amigo Rogério Charraz, tomei conhecimento da existência do blog do dr. Júlio Machado Vaz, que penso dispensa apresentações. Confio que muitos de vocês, como eu, se colaram ao ecrã da 2, semana após semana, a ouvir este homem que, pela primeira vez no nosso puritano país, chamava os bois pelos nomes em matéria de sexo. Acho que grande parte de nós lhes estamos agradecidos, dr. Júlio, nem que seja pelo doce despudor com que nos explicava, coisas que até pennsávamos saber, e afinal nem por isso.
Bom, acontece que o blog do dr. Júlio (O Murcon) tem música!!!! E como a inveja é uma merda, mas serve-nos de motor para muita coisa, lembrei-me que há uma série de anos, nos princípios do Cotonete, eu tinha feito uma rádio, da qual já nem me lembrava da password. Fui ao site, e depois de algumas tentativas frustradas, lá me lembrei da password, e entrei naquilo que eu pensava desaparecido para sempre no cyberespaço: a minha rádio!! A Burra Nas Couves Rádio!! Depois do email foi a primeira incursão da Burra no cyberespaço, e ainda mantinha a mesma lista feita no tempo em que se podia escolher por tema e por artista (agora já não se pode). Vai daí, adicionei-lhe umas coisinhas mais, e adicionei-a ao blog, para que o benvindo leitor destas linhas possa estar entretido a ouvir a música que eu curto (claro! O blog é meu!), dentro do leque musical que a Cotonete pôs ao dispôr do pessoal. Pois a partir de agora a Burra, além de dar tanga, também vos dá música.
Mas para além da música da Burra, visitem o Murcon, que vale a pena.

Beijinhos e abraços e outras manifestações de afecto

domingo, janeiro 29, 2006

Presidenciais 2006

NEVOEIRO


Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra

Ninguém sabe que coisa quer
Ninguém conhece que alma tem
Nem o que é mal nem o que é bem
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro
Tudo é disperso, nada é inteiro
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

Fernando Pessoa (10/12/1928)