NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra
Ninguém sabe que coisa quer
Ninguém conhece que alma tem
Nem o que é mal nem o que é bem
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro
Tudo é disperso, nada é inteiro
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
Fernando Pessoa (10/12/1928)
4 comentários:
... Sem palavras.
5 estrelas para ti, por teres escolhido o poema, e o poeta.
5 estrelas para o poeta por ser... "fantásticamente genial".
e eis que das brumas do tempo, a burra descongelou! ;-)
Welcome back!
Perquè no ens expliques pas coses en català, oi? Encara no has après suficent per explicar't? Em sembla que si! Petonets, maco!
Não percebi nada, mas adorei o comentário! Já agora, qual a tradução de "maco"? Vem com bolinha?
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